Pune-se alguém com a privação de sua liberdade a fim de que essa pessoa retorne à sociedade melhor, ou seja, ressocializada.
Ocorre que, infelizmente, já é tão difícil colocar alguém atrás das grades, que quando o sistema criminal pune o criminoso com a pena privativa de liberdade, a sociedade espera que ele cumpra a pena na sua totalidade e que não leia notícias sobre a saída temporária de presos em datas festivas, a famosa saidinha.
Embora essas medidas possuem o intuito de reinserir o indivíduo na sociedade, como fica o pensamento do trabalhador brasileiro que olha para essas benesses legislativas como um fomento à impunidade ??? Como não deixar a sociedade revoltada quando o indivíduo rouba e mata no período da saída temporária???
Em momento algum o cidadão brasileiro entende ser uma medida de ressocialização do preso.
E não é para entender mesmo.
Ora, muitas vezes, o indivíduo cometeu o mesmo delito umas 10 vezes e após muito trabalho ele foi preso de forma definitiva.
Após toda essa dificuldade, ele ainda consegue benefícios que muitas vezes o trabalhador brasileiro não possui. O enfermeiro, médico, policial, porteiro, e tantas outras profissões, por ossos do ofício, trabalham nestas datas e ficam distantes de seus familiares.
Por qual motivo o indivíduo que matou alguém merece ar alguns dias de Natal com sua família???
Enquanto o sistema criminal punir pouco e com lentidão, com certeza, haverá descontentamento da sociedade com esse tipo de benefício que, como escrevi anteriormente, embora haja o intuito de ressocializar, a sociedade entende como impunidade.
Por isso, espera-se que sejam aprovadas pelo Congresso Nacional medidas capazes de dificultar ou mesmo impedir que haja saidinhas temporárias dos presos, pelo menos, dos que cumprem pena por crimes graves.
Não pode, em hipótese alguma, alguém que matou a mãe e o pai sair da prisão de forma temporária no dia das mães ou dos pais.
